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13/01/2025 Segunda-feira 18:09

CDHU leva dignidade a família com reforma de casa em comunidade de São Bernardo do Campo

Família participou do Viver Melhor, que promove melhorias e adequações em unidades habitacionais; iniciativa já reformou mais de 5,6 mil casas em todo o estado
 

O ano de 2025 começou com mais dignidade para dona Maria do Socorro, de 61 anos, e sua família. Por meio do Viver Melhor, iniciativa do Programa Casa Paulista realizada pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), a casa onde mora com a mãe Josefa, de 93 anos, o irmão Robson, de 51, e a sobrinha Maria Leonai, de 29, em São Bernardo do Campo, foi restaurada e deixou de ser uma moradia precária para se tornar um lar aconchegante e seguro. 

 

“Ela está do jeito que eu queria. Eu sonhava exatamente assim, em deixar ela bonitinha”, disse, emocionada, Maria do Socorro, ao entrar na casa reformada e perceber que os problemas na estrutura do imóvel foram resolvidos com a revitalização, que já era sonhada pela família, mas que só foi possível com a ação do Viver Melhor. “Se não fosse essa ajuda, eu não ia conseguir reformar a casa de jeito nenhum. Não tinha dinheiro”, explica ainda. 

 

 

A família de dona Maria foi uma das 5,6 mil famílias em todo o estado de São Paulo que tiveram a casa restaurada nos últimos dois anos pelo programa Viver Melhor, que promove melhorias e adequações em unidades habitacionais em assentamentos e núcleos urbanos. Ao todo, mais de R$ 178 milhões já foram investidos na iniciativa estadual, que ainda tem 516 revitalizações em andamento, a um valor de R$ 16 milhões. Na comunidade do DER, como é conhecido o local onde a família mora, mais 330 moradias passaram por intervenções no mesmo período, com investimento de R$ 10,4 milhões. Outras 18 reformas permanecem em andamento.

 

A casa foi herdada por uma tia já falecida de Maria do Socorro, que veio há 50 anos de Pernambuco a São Paulo para trabalhar e passou a morar com a parente. “Essa casa significa tudo, né? Eu não tinha nada e depois que minha tia morreu, deixou para gente. Eu não tinha condições de comprar outra”, expôs Socorro, ao contar a dificuldade que teve, junto com os irmãos, para construir as paredes do imóvel, que antes era feito apenas de madeira. 

 

Com o passar do tempo, as reformas necessárias foram contininuamente adiadas, à medida que a condição financeira da família piorava. Maria do Socorro teve três infartos e precisou sair do emprego. “Depois que ela operou e teve que ficar só em casa, foi mais difícil. Até eu fiquei desempregada, porque eu tive que cuidar dos três por conta da saúde”, conta Leonai, que ficou responsável pela tia, pela avó e pelo tio, que sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e ficou com sequelas. 

A notícia de que a casa seria reformada pegou a todos desprevenidos, mas foi bem recebida. “Achei bacana. Estou ansiosa, siml! Ver as coisas tudo num canto só, tudo num lugarzinho bonitinho. O meu sonho é esse. Antes, minhas coisas eram todas bonitinhas, agora está uma bagunça dessa”, disse ansiosa Maria antes das obras. Leonai também viu o programa como uma oportunidade.  “É um sonho que eu tenho, que todo mundo aqui tem, e que vai ser realizado. Sem palavras a gente fica”, comemorou. 
 
A construção, tijolo por tijolo, de um novo lar

 

A reforma da casa começou em setembro e terminou em meados de dezembro, em um tempo recorde de três meses e meio. Neste período, a família se mudou temporariamente para uma casa alugada pela CDHU na mesma comunidade onde mora e, de lá, esperou com ansiedade o sonho sendo construído, tijolo por tijolo. “Eu cheguei a ir lá e gostei do primeiro trabalho deles. Falei para minha sobrinha 'agora vai arriba mesmo, Leonai', e ela me respondeu 'né, tia? Agora vão realizar o nosso sonho'”, disse Maria, enquanto a reforma ainda estava em curso. 


    
Antes de passar pela restauração, a casa apresentava riscos à família. Em épocas de chuva, o telhado já desgastado e com alguns furos provocava goteiras que, além de danificar os móveis, poderiam causar um desabamento. Outra precariedade era a falta de janela na casa, o que dificulta a ventilação do ar e, consequentemente, prejudicava a respiração dos moradores, em especial a de dona Josefa. Com a umidade, a situação se agravou ainda mais porque mofos começaram a surgir nas paredes. “A gente sofre por causa do ar mesmo, né? Principalmente minha vó, porque ataca o pulmão dela. Ela tem muitas crises de falta de ar e aí é difícil demais”, explicou Leonai.

 

Com a reforma, além das correções estruturais, a casa também passou por outras mudanças. O teto ganhou novas telhas e, junto com elas, um forro; janelas foram instaladas na entrada da casa, em um dos quartos e na cozinha; a lavanderia, antes toda coberta por telhas, agora possui um espaço ao ar livre; as paredes pintadas de um verde já gasto e manchado pelo mofo foram limpas e deram lugar ao branco; e no banheiro, onde não havia reboco e a encanação estava exposta, foram colocados revestimentos, azulejos, barras de acessibilidade e um vitrô, que dá acesso à nova área externa da lavanderia. Itens já degradados, como portas e pias, também foram trocados por novos. 

 

A equipe que realizou todas as adequações foi liderada pelo engenheiro José Gabriel, que está à frente do programa na comunidade desde seu início. “O processo foi muito bom, e a equipe foi maravilhosa. A gente entrou na casa e sentiu a real necessidade. Foi uma das mais precárias que eu atendi no programa, se não a mais, e foi muito gratificante trazer essa alegria para os moradores. A reforma trouxe salubridade e dignidade, que são as coisas mais importantes”, explicou ele na entrega da moradia à família. “Fizemos tudo do zero, praticamente. Só ficou o esqueleto da casa e o restante fizemos”, finalizou. 

 

 

Ao se deparar com a casa revitalizada, a família conferiu cada mudança entusiasmada. “Ficou incrível, nós gostamos demais”, disse Leonai, ao lado da tia, sem esconder a felicidade. “Vocês me tiraram das goteiras. Era bacia mais bacia em cima da minha cama. Eu deitava um pouquinho, mas logo depois tinha que me levantar parar tirar e não deixar cair água no meu colchão. Eu perdi dois colchões assim”, relatou Maria do Socorro ao olhar, um a um, cada cômodo transformado.

 

 

Já dona Josefa conseguiu sentir as mudanças com as mãos. A aposentada não enxerga com nitidez e precisou tatear a casa para conferir o que foi feito. “Aqui é o espaço que vai ficar a nossa máquina de lavar e, logo em cima, a torneira”, descreveu Maria ao guiar a mãe por cada item instalado. “Gostou?”, perguntou a filha. “Gostei, gostei e não esperava. Eu sempre tive esse sonho, sonhava com tudo isso, mas não sonhava assim...”, respondeu emocionada dona Josefa, sem conseguir conter as lágrimas. 

 

Antes de a casa ser entregue, a matriarca da família pediu que a fachada fosse pintada de verde, porque a cor traz esperança. “Eu amo a cor verde mesmo. Dá saudade de quando eu morava em Pernambuco, onde as minhas casinhas eram todas brancas e verdes. Traz muita esperança e me lembra do meu marido, do meu filho. Eu nunca esqueço”, explicou ela, saudosa, sobre a escolha. O pedido foi seguido à risca pela equipe. “Verde? Pintaram, não foi?”, comemorou dona Josefa com um sorriso. 

 

Agora, com a nova casa, a família quer construir memórias ainda mais felizes ao lado das pessoas que amam. “Isso vai unir mais a gente e queremos viver o melhor para nós, em todos os sentidos. A família, que mora longe, vai poder vir mais para cá para a gente passar o final de semana com eles. Vai ser muito bom agora”, descreveu Leonai. A tia, entusiasmada, também comemorou. “Eu trabalhava só para comprar minhas coisas. Agora eu sei que vou comprar minhas coisas e elas não vão estragar mais”, disse.

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