Em parceria com SindusCon-SP, iniciativa transfere conhecimento sobre mensuração de carbono e reforça a atuação da Companhia em atividades ligadas à sustentabilidade
A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) promoveu, nesta segunda-feira (02), por meio de seu Comitê de Sustentabilidade, a apresentação da Calculadora CECarbon, uma ferramenta prática do SindusCon - SP para mensuração de emissões de carbono e apoio ao planejamento de ações sustentáveis em políticas públicas. Estiveram presentes o presidente da CDHU, Reinaldo Iapequino, o diretor de Engenharia e Obras da CDHU, Silvio Vasconcellos, e a coordenadora técnica do Comitê de Meio Ambiente do Estado de São Paulo (COMASP), do SindusCon-SP, e Superintendente do ABNT CB 002, Lilian Sarrouf.
Na ocasião, Reinaldo Iapequino agradeceu ao Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo pela parceria, que auxiliará os servidores a absorverem os conhecimentos para a execução dos trabalhos de mensuração de carbono. “Temos estimulado bastante e procuramos ser facilitadores. A CDHU vem melhorando no que se refere à sustentabilidade e ganhando mais credibilidade fora do âmbito de sua própria atuação. Então, quero agradecer o SindusCON pela iniciativa, apoio e transferência de conhecimento para a Companhia poder fazer esse cálculo”.
O presidente destacou, ainda, os benefícios para a CDHU de se buscar o alinhamento com uma construção mais verde, eficiente e sustentável. “Devemos investir não porque crédito de carbono vira dinheiro. Tem a ver com a qualidade de vida e com a qualidade dos empreendimentos que produzimos ou promovemos. Quero, então, pedir que vocês deem todo apoio a esse trabalho”, concluiu.
Essa iniciativa de mensuração vai ao encontro das ações que já vêm sendo desenvolvidas pelo Comitê de Sustentabilidade da Companhia. Sílvio Vasconcellos falou sobre metas futuras relacionadas ao CECarbon. “Estamos aplicando a tabela de cálculo de carbono em dez empreendimentos, um para cada região e gerenciadora, mas é necessário ampliar esse trabalho. Nossa intenção é que a partir de julho façamos essa contagem em todos os empreendimentos”, explicou o diretor de Engenharia e Obras, dando ênfase também à necessidade de ampliar os conhecimentos e formas de aprendizagem.
Lilian Sarrouf destacou a importância de se promover parcerias entre entes públicos e privados para a disseminação da ferramenta CECarbon. “Estamos aqui hoje porque aprendemos que sozinhos não é possível realizar mais. O setor privado tem de estar junto ao setor público, porque assim conseguimos alavancar muito mais rápido essas soluções. Por isso, é muito importante. É uma troca, pois realmente queremos ampliar nossa atuação”, afirmou a coordenadora técnica.
A ferramenta contribui para a transição para uma economia sustentável, eficiente e de baixo carbono. “Precisamos medir o carbono para entender, porque sobre o que não entendemos, não conseguimos executar nenhuma ação. Medimos para atender as regulamentações, tomar decisões mais conscientes, para trazer transparência para clientes e investidores, antecipação de futuras exigências e para construção de base de dados”, explicou.
Além disso, o CECarbon permite calcular a emissão de gases de efeito estufa e o consumo energético de uma obra, levando em consideração o ciclo de vida dos insumos, desde a fase de projetos até o momento do uso na construção. “Na fase de projeto, é possível fazer simulações e até definir o material. Ao cravar o orçamento inicial, dizemos que temos o orçamento zero. Dali, durante a obra, podemos lançar todos os dados na calculadora e aí conseguimos chegar no final e comparar o previsto e o realizado. Durante os trabalhos, também é possível comparar os desvios que temos e atuar sobre isso”, abordou a coordenadora do SindusCon-SP.
Focada em edificações, a calculadora também contribui com a gestão climática e energética da construção civil. Com a padronização de metas e a consolidação de dados entre empresas e outros atores do segmento, é possível criar indicadores relevantes para o setor além de possibilitar o direcionamento de decisões, com base nos dados apresentados.
Os dados de entrada na ferramenta se referem ao compilado de materiais de cada uma das etapas construtivas, além de outros insumos complementares, tais como combustíveis utilizados e serviços como fretes. O indicador é medido em megajoule, também apresentado em megawatt-hora nos resultados finais. Seu acompanhamento é essencial para o aprimoramento da eficiência energética nas edificações.
