No Dia Internacional da Mulher, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (SDUH), participou de entrega de certificados para 14 mulheres que concluíram o curso de capacitação em serviços da construção civil, ministrado pela empresa social Concreto Rosa, em Carapicuíba, região metropolitana de São Paulo.  
 
“Me sinto muito feliz em poder contribuir com esse primeiro passo para a formação e a inclusão de vocês no mercado de trabalho na área da construção civil. Procurem se especializar”, disse o diretor técnico da CDHU, Silvio Vasconcellos às formandas do curso que em sua primeira etapa atendeu às mulheres do município de Mogi das Cruzes, em novembro do ano passado.   
 
Uma parcela das formandas irá atuar nas obras de reforma do Viver Melhor da Companhia, em Carapicuíba. O programa está promovendo a recuperação interna e externa de 121 domicílios em situação precária no núcleo habitacional Cadaval, onde serão investidos R$ 4,2 milhões. 
Rosalina Pereira da Silva, de 67 anos, é uma das formandas. Ela ficou sabendo do curso pela filha Luana, de 34 anos. As duas decidiram dar uma nova chance à vida profissional e frequentaram assiduamente as aulas. “Pretendo ficar trabalhando nesta área. Eu gosto e tenho fé em Deus que vou conseguir”, disse Rosalina. “Esse curso veio a calhar. Eu precisava dar ajeitada na minha casa e, agora eu mesma vou fazer esse trabalho”, emendou a filha Luana ressaltando que trabalhar na construção civil “não é negócio só de homem, mas de mulher também, porque a mulher tem que estar onde ela quiser”.  
Ao todo, foram dez dias de aulas práticas e teóricas ministradas pela empresa social Concreto Rosa, com o objetivo promover a inclusão das mulheres no setor da construção civil. As alunas do núcleo Cadaval foram capacitadas para os serviços de pintura e revestimento de edificações. A equipe de docentes feminina contou com arquitetas, pedreiras, eletricistas e pintoras, que coordenou inclusive a reforma da própria EMEF Nai Molina do Amaral, no Jardim Planalto, pelas próprias alunas, como parte de conclusão do curso de capacitação.   

O que é o Viver Melhor 

Criado em 2021 durante a pandemia, o Programa Viver Melhor promove a recuperação interna e externa de domicílios em inadequação habitacional em assentamentos precários. A meta é reformar nesta primeira etapa 17,5 mil domicílios com investimentos de R$ 350 milhões. 

A CDHU executa os serviços, sem custo para as famílias, como colocação de piso, revestimento, instalação de esquadrias, impermeabilização, restauração de telhados, reparos de drenagem, instalações elétricas e hidráulicas, conexão com rede de água e esgoto, melhorias em acessos e áreas comuns do núcleo habitacional, entre outros. As fachadas das casas também são recuperadas e ganham pintura colorida projetada para revitalizar a paisagem local. 

Com recursos da Agência de Fomento da Casa Paulista, o Viver Melhor aprimora as condições de habitabilidade, salubridade, acessibilidade para famílias com renda de até cinco salários mínimos. As áreas selecionadas estão em processo ou são passíveis de regularização fundiária. Estão excluídos os locais de risco e de proteção ambiental. 

O trabalho desenvolvido pela CDHU consiste em três etapas: vistoria no local para avaliar a moradia e suas necessidades, coleta da assinatura do morador no termo de adesão e execução das obras de melhoria. 

Fonte: Superintendência de Comunicação Social