Residencial do Programa Vida Longa conta com moradias adaptadas em ambiente voltado para a socialização
O Programa Casa Paulista entregou nesta quinta-feira (10/10) um condomínio Vida Longa, em Pederneiras, na região de Bauru. O Residencial Helena Razuk Cury tem 28 residências que foram destinadas a idosos em situação de vulnerabilidade social, oferecendo moradias dignas. Para construir o conjunto, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) investiu R$ 4,9 milhões.
Presente na cerimônia, o secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Branco, destacou a prioridade da atual gestão com a área da habitação, especialmente com o programa. “Para vocês terem uma ideia do quanto o governador é fã desse programa, nós já entregamos 19 empreendimentos como este no estado. Estamos com entrega prevista de outros dois, que é Boituva e Americana, e temos mais 12 em construção, mas o governador me autorizou em abril a fazer mais 49 empreendimentos semelhantes a esse. Ou seja, nós vamos praticamente triplicar o número de unidades que nós já temos entregues e em construção. E isso é porque ele e nós nos preocupamos com cada um de vocês”, explicou.
Além disso, Marcelo também destacou que o programa habitacional do Estado de São Paulo, referência em todo o pais, será elevado a outro patamar para alcançar ainda mais famílias. “O Estado de São Paulo pode se orgulhar por ter um programa muito consistente ao longo das décadas. E o governador chegou para praticamente triplicar o número de entregas e unidades construídas. Antes eram entregues cerca de 30 a 40 mil, mas ele determinou que a gente fizesse 200 mil unidades habitacionais, um programa jamais visto e que ninguém imaginou que seria possível fazer, mas nós vamos fazer. Já entregamos quase 40 mil e temos 109 mil em construção, o que deixa claro que estamos no caminho certo para atingir essa meta”, avaliou.
Por meio do Vida Longa, o Estado constrói pequenos residenciais projetados especialmente para idosos com renda de até dois salários mínimos, preferencialmente aqueles que vivem sozinhos ou com vínculos familiares fragilizados, mas que mantêm autonomia. As moradias, que já são entregues mobiliadas, possuem cozinha, sala de estar e dormitório conjugados, banheiro, lavanderia e área útil de 28 m2.
A aposentada Quitéria Marques, de 60 anos, foi uma das beneficiadas com a nova moradia. Até então, ela morava de favor em uma casa que pertencia a uma conhecida que faleceu. “Os filhos dela estavam querendo vender a casa e eu não tinha para onde ir, mas agora eu tenho. Chegou em uma boa hora”, comemorou. “É o dia mais feliz da minha vida!”.
Para se manter, Quitéria enfrentava algumas dificuldades e contava com a solidariedade das vizinhas. “As vizinhas estavam me ajudando a pagar as contas. Estava vivendo com a ajuda delas porque eu não tinha condições, mas agora, graças a Deus, eu tenho”, finalizou.
Quem também não conteve a emoção ao ver seu novo lar foi o pensionista Bento Antônio. Aos 81 anos, ele conta que era mecânico na Zona Norte de São Paulo antes de precisar se mudar para a cidade. Bento morava de aluguel, mas agora, com a nova casa, terá uma renda extra. “Vai melhorar porque vai sobrar um pouco mais de dinheiro no bolso. Hoje vai tudo embora. Ultimamente, eu tenho andado muito doente e já cheguei a precisar tomar remédio de R$ 3 mil”, conta.
Emocionado, ele não conseguiu conter as lágrimas. “A emoção é porque eu nunca ganhei nada de ninguém na vida. Eu trabalhei 63 anos de mecânico e fui considerado um dos melhores da zona norte, mas nada veio assim como está vindo essa casa”, contou.
Os imóveis seguem os parâmetros de acessibilidade do Desenho Universal da CDHU, que estabelecem um conceito arquitetônico adaptável para permitir facilidade no uso da moradia por qualquer pessoa com dificuldade de locomoção, temporária ou permanente. Cada unidade do Residencial Vida Longa conta com itens de segurança e acessibilidade, como barras de apoio, pias e louças sanitárias com altura adequada, portas e corredores amplos, interruptores posicionados estrategicamente, alarmes de emergência sonoros e luminosos, além de pisos antiderrapantes. As áreas comuns também foram projetadas para garantir acessibilidade, proporcionando conforto e segurança aos moradores.
Para promover a socialização, o residencial oferece espaços de convivência e lazer, incluindo salão com refeitório e área para assistir televisão, churrasqueira, forno à lenha, aparelhos para atividades físicas, bancos de jardim, horta elevada e paisagismo.
O Vida Longa faz parte da política habitacional do Estado de São Paulo e possui caráter protetivo. A iniciativa é uma ação conjunta entre a Secretaria de Estado da Habitação, a CDHU e a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social, em parceria com municípios paulistas. As cidades participantes indicam os beneficiários, doam terrenos para a construção dos residenciais e assumem a gestão e manutenção dos empreendimentos após a conclusão.
O investimento é a fundo perdido, e os moradores não arcam com taxas de ocupação, nem contas de água e luz. Como trata-se de um equipamento público, os beneficiários não possuem a propriedade dos imóveis.